Na esteira da minha indignação por não ver defendidos os direitos dos mais fracos , não resisto a lembrar m documentário exibido pela SIC que vale a pena ver porque mostra uma realidade igualmente atual, dura e injusta para crianças e jovens : a exploração do trabalho infantil.
Noutra Latitude e com outra amplitude , esta supremacia dos mais fortes e dos mais fracos eva muitas crianças e jovens a uma luta desiguale permanente que as obriga a viver em condições deploráveis-
Vi alguns fragmentos desta grande reportagem feitos pelos repórteres da BBC cm grande precisão jornalistica, num estilo contido sóbrio, sem invasão de intimidade, nem a exibição gratuita do sofrimento das crianças. Os Ingleses filmaram tudo com um sentido estético, e até poético, que comove muito mais do que se o tivessem feito á maneira de Reality show muito em moda.
Esta reportagem é mais um suplemento de consciência (Ler um murro no estomago) sobre a adversidade de certas vidas.Remete-nos fatalmente para outros exemplos e outros testemunhos que não conseguimos esquecer mas que não são assim tão remotos.
Falo, por exemplo, do rapazinho paquistanês que denunciou ao Mundo as atrocidades a que muitas crianças eram submetidas diariamente para prosperar o negócio de tapetes. A imagem de um rapaz muito pequeno que se levantou da enorme cadeira em plena Assembleia Geral das Nações Unidas, para explicar com voz e gestos infantis coo é que ele e os outros como ele eram obrigados a permanecer de cócoras durante horas a fio, dia após dia, ano após ano, a tecer e a entretecer fios e a dar nós nos tapetes , é uma imagem que fica gravada para sempre.
O rapazinho disse que o trabalho, das crianças era muito procurado pois tinham mãos pequeninas e por conseguirem dar nós perfeitos nos tapetes. Contou que muitas crianças iam ficando sem dedos, e ,com o tempo , as suas mãos se transformavam em cotos por darem tantos nós e trabalhavam sem descanso. Perante uma assembleia abismada num doloroso silêncio declarou que as crianças s´eram dispensadas do trabalho quando perdiam ambas as mãos. Depois sentou-se e adormeceu...
Passado poco tempo o rapazinho foi morto, mas a sua voz e o seu testemunho continuaram vivos.
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